Cláudia de Jesus e deputados cobram melhorias e gestão eficiente na saúde
Cláudia de Jesus diz que “parceria tem limites” e que o “povo está morrendo”.
Compartilhe no WhatsApp
por
FRANCISCO COSTA
Link Copiado
Parlamentares na Comissão de Saúde (Foto de Rafael Oliveira - Secom - Ale Ro)
Reunião das mais movimentadas na manhã desta terça-feira
(26) da Comissão de Saúde e Assistência Social, presidida pela deputada Cláudia
de Jesus (PT) na Assembleia legislativa de Rondônia (Alero). Muitas cobranças
sobre o sistema de saúde do estado, do sucateamento dos aparelhos de imagens,
para a conclusão do Hospital Regional de Guajará-Mirim, sobre os representantes
do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos, a Unops, empresa
responsável pela obra do hospital, além de aprovação de projetos e
requerimentos.
O deputado Delegado Camargo (Republicanos) destacou matéria
publicada em um blog de Rondônia, onde o jornalista denuncia um suposto esquema
de corrupção na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), com licitações
direcionadas a empresa – ou empresas– coordenadas por uma servidora que
respondia por cargo importante na secretaria na gestão anterior. Ela foi
exonerada.
Na reunião, foi aprovado requerimento pedindo explicações à
Sesau, mas antes a comissão fará todo procedimento burocrático para formalizar
o documento ao governo do estado. O deputado Delegado Camargo juntou
documentação onde a servidora pública de confiança, dizia a pessoas
subordinadas, que tinha “fornecedor certo” e “eu escolho quem eu quero”.
A deputada Dra Taíssa (PSC) novamente voltou a criticar o
Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops). Segundo a
deputada, há mais de 200 dias a Unops assumiu a responsabilidade de concluir o
Hospital Regional de Guajará-Mirim, fundamental para atendimento a moradores de
uma vasta região e, apesar de ter recebido milhões antecipados e “nada fez” e,
ainda, pediu mais prazo para poder contratar a empresa para concluir o
hospital.
Durante a reunião, foi aprovado documento convocando a
direção da Unops para comparecer na reunião da Comissão de Saúde para o dia 17
de outubro, para dar explicações sobre a situação.
PEDIDO DE SOLUÇÕES
A situação complicada na saúde pública de Rondônia recebeu
severas críticas da deputada Cláudia de Jesus. Segundo ela, o secretário da
Sesau, Jefferson Moura é solícito, está sempre disposto a ouvir os
parlamentares, “mas bondade não enche barriga” e “parceria tem limites”,
afirmou a parlamentar. Cláudia alertou que o povo está morrendo, porque não tem
um tratamento adequado e situações como as intermináveis filas de regulação,
para cirurgias, são problemas que precisam de solução, pois saúde pública “é
uma obrigação e não um favor”, e tem que ser aplicada de “forma coletiva, pois
estamos cansados de cobrar, e o sistema de saúde continua péssimo”. A deputada
citou o Mato Grosso, que está construindo e equipando hospitais e com
atendimento eficiente na área.
Rondônia, segundo a deputada Cláudia, é um estado rico, de
economia forte e deve buscar o caminho para que seu povo receba uma saúde
pública eficiente.
A situação dos principais hospitais públicos do estado é
delicada e, hoje, somente o Hospital João Paulo II teria condições de realizar
exames de tomografia na capital, porque os equipamentos do Hospital de Base e
do Cemetron estariam danificados. O Cemetron teria providenciado para receber
um aparelho novo, mas a liberação foi suspensa, porque seria levado para outra
unidade como forma de centralizar os trabalhos.
A deputada Taíssa, que liberou emenda para baritar (colocar
argamassa nas paredes) na sala para o equipamento no Cemetron, criticou a
mudança e cobrou explicações da Sesau.
A presidente do Sindsaúde, Célia Campos participou da
reunião como convidada e fez sérias denúncias como de UTIs fechando no Hospital
Regional de Cacoal, por falta de médicos e a de pediatria indo pelo mesmo
caminho; regulação ineficiente, de assédio moral nas unidades de saúde e de
servidores há 90 dias sem receber horas extras.
Comentários
Postar um comentário